Rubiaceae

Posoqueria acutifolia Mart.

Como citar:

Eduardo Fernandez; Patricia da Rosa. 2018. Posoqueria acutifolia (Rubiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

DD

EOO:

35.698,743 Km2

AOO:

80,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados do ESPÍRITO SANTO, município de Cariacica (Amorim 7350), Santa Teresa (Kollmann 8500), RIO DE JANEIRO, municípios de Cachoeiras de Macacu (Lima 4239), Guapimirim (Martinelli 9991), Magé (Gomes 321), Mendes (Braga 622), Niterói (Barros 2399), Nova Iguaçu (Silva Neto 1459), Paraty (Klein 596), Petrópolis (Paulino s.n.), Rio de Janeiro (Peixoto 4060), Santa Maria Madalena (Farney 1452), Teresópolis (Gardner 449). Segundo a Flora do Brasil ocorre também nos estados de Minas Gerais e São Paulo porém estas ocorrências não foram validadas pelo especialista.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Patricia da Rosa
Categoria: DD
Justificativa:

Árvore de até 12 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Conhecida popularmente como bacupari-miúdo ou fruta-de-macaco, a espécie foi coletada em Floresta Ombrófila Densa associada a Mata Atlântica nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo a Flora do Brasil 2020 em construção (2018), P. acutifolia ocorre também nos estados de Minas Gerais e São Paulo, porém estas ocorrências não foram validadas pelo especialista dada a enorme incerteza taxônomica e a mau aplicação da hipótese taxônomica para congêneres simpátricas e de circunscrição vaga, principalmente P. latifolia. Diante dessa incerteza e profusão de registros de coleta equivocadamente atribuídos a P. acutifolia, optou-se por considerar essa espécie como Dados Insuficientes (DD) neste momento, apesar das crescentes pressões antrópicas incidentes sobre sua área de ocorrência (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018; Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). Recomenda-se ação de pesquisa (revisão taxônomica do gênero, distribuição e população) urgentes a fim de se ampliar o conhecimento sobre a espécie e garantir a condução de avaliação de risco de extinção mais precisa no futuro.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Flora 24(2, Beibl.): 77. 1841

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Detalhes: Árvore com até 12 m, que habita a Floresta Ombrófila na Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018)
Referências:
  1. Posoqueria in Flora do Brasil 2020 em construção, 2018. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14148 (acesso em: 29 de agosto 2018)

Reprodução:

Detalhes: A espécie foi coletada em flor nos meses de: setembro (Braga 622), outubro (Lima 2310), dezembro (Kollmann 8500); e com frutos nos meses de: janeiro (Barros 2399), fevereiro (Sommer 817), março (Barros 2803),abril (Barros 2672), maio (Amorim 7350),junho (Farney 1452), setembro (Braga 634), outubro (Martinelli 9991), novembro (Silva Neto 485), dezembro (Klein 596)
Fenologia: flowering (Sep~Dec), fruiting (Jan~Dec)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national very high
Dados publicados recentemente (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossitemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento áreas florestais e sua qualidade estão em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present,future national very high
Perda de habitat como conseqüência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiverdade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al. 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. / Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J. and Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation 142: 1141–1153. /
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting locality,habitat past,present,future regional high
O município de Santa Teresa, outrora recoberto em sua totalidade por Mata Atlântica, atualmente possui cerca de 20% de remanescentes florestais (SOS Mata Atlântica INPE, 2018).
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica - periodo 2016-2017. Ministério da Ciência e Tecnologia - MCTI. São Paulo, SP.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development locality,habitat past,present,future regional high
O município de Magé, situado no entorno da Baía de Guanabara, sofre diversos impactos ambientais em função do crescimento populacional e de atividades industriais (Kassiadou e Sánchez, 2014).
Referências:
  1. Kassiadou, A., Sánchez, C. 2014. Escolas sustentáveis e conflitos socioambientais: Reflexões sobre projetos de educação ambiental no contexto escolar em três municípios do estado do Rio de Janeiro. Rev. VITAS – Visões transdisciplinares sobre ambiente e sociedade.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection
A espécie foi coletada no Parque Estadual do Desengano (Farney 1452), Estação Ecológica Estadual de Paraí­so (Lima 4239); Parque Estadual da Serra da Tiririca (Barros 2672), REBIO do Tinguá (Silva Neto 1459).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown